O cenário mundial competitivo impregna mudanças principalmente nos ambientes social e tecnológico. A lista de problemas que atrapalham a competitividade nacional é extensa, incluindo a carência em infraestrutura, falta de produtividade, elevada carga de impostos, mão de obra deficiente e uma base tecnológica defasada. Todos esses fatores somados a alta taxa de juros e a moeda valorizada, o chamado “custo Brasil” acaba por sufocar as empresas.
Com a economia mundial em recessão, têm sido constantemente apresentado excedente no mercado, como por exemplo, os produtos de máquinas e equipamentos, passaram a ter um custo adicional para fabricar no Brasil considerado devastador, pois, além do custo dos insumos, os três principais vilões são as elevadas taxas de juros, os impostos não recuperáveis e a logística. Esses fatores acarretam no comportamento das indústrias no mercado. Outro exemplo se da pela defasagem no consumo dentro do mercado Brasileiro, para o consumo excessivo no exterior, pois tem ocorrido um grande aumento das viagens dos brasileiros para fazerem compras no exterior. Por anos os turistas brasileiros trazem mais de 50 mil toneladas de roupas nas malas.
A forte desvalorização do real e a recessão têm sido insuficiente para reduzir de forma relevante o custo da mão de obra na indústria e elevar a competitividade do setor no exterior. Pois nas ultimas décadas, encontram-se muitas dificuldades para elevar sua produtividade, por causa de má gestão, infraestrutura precária e baixa qualificação dos trabalhadores.
Segundo a avaliação de Carlos Braga, professor de política econômica internacional do International Institute for Management Development (IMD), a indústria tem razão de reclamar. Além do “custo Brasil”, a taxa de câmbio ainda teria de se depreciar entre 10% e 15% para dar mais fôlego para as empresas.
Por outro lado, o professor afirma que a baixa competitividade das indústrias, também é reflexo do elevado grau de protecionismo da economia brasileira, ele alerta: “promover a abertura econômica requer redução dos custos internos e uma série de ajustes”.
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